Paisagem... conselhos gerais


Todos gostamos de fotografar paisagens!

Mas porque é que nem sempre conseguimos registar a cena fantástica que temos perante os olhos?

Aqui ficam alguns conselhos para obter melhores resultados:

1. Escolher a hora de fotografar. Pois é, custa muito levantar antes do nascer do dia, mas o nascer do sol é uma das melhores alturas para paisagens. A luz é fantástica, geralmente não há vento nem poluição atmosférica e, por vezes, há bruma, que contribui para um ambiente fantasmagórico!

Felizmente para os dorminhocos, há uma alternativa: o pôr do sol! A luz é igualmente boa, o que podemos não ter é a atmosfera tão limpa. Além disso, levantar cedo tem outra vantagem: se alguma coisa correr mal, temos outra oportunidade ao fim do dia!

2. Tripé. O tripé é quase obrigatório para fotografar paisagem. A nitidez melhora muito porque garantimos que não há qualquer movimento da máquina durante o disparo. Outro "truque", é usar uma função só disponível nas máquinas reflex (lentes intermutáveis), que é o "mirror lockup" (MLU). A tradução será qualquer coisa como " travamento do espelho" e o que isto faz é pré-levantar o espelho antes do disparo, de forma a que este movimento não cause vibração durante o mesmo. Esta função encontra-se geralmente no menu "Custom Functions".

Ainda para assegurar a nitidez, é aconselhável o uso de um disparador remoto ou do disparo temporizado. Sobretudo se estamos a usar velocidades de obturação baixas.

3. Prioridade à abertura (A, Av). Este modo (ou o Manual, para que se sente à vontade com a máquina) é o indicado para controlarmos o resultado que vamos obter. A Profundiddade de Campo (a "espessura" do que fica focado) é controlado pela abertura do diafragma da máquina. Se queremos apenas o motivo pricipal focado e o resto desfocado, devemos escolher um valor baixo de abertura (f 2.8 a f4.0). Se queremos expandir a área focada, aumentamos esse valor (f9.0, f16, f22...). Atenção que as objectivas têm a sua pior qualidade nos extremos (min e max), por isso usem-nos só quando tiver de ser.

A Profundidade de Campo também depende da distância aos objectos e da distância focal da objectiva utilizada. Quanto mais perto estamos do objecto, menor é a profundidade de campo e quanto mais longa a objectiva, também menor é a profundidade de campo.

4. Composição. As imagens que melhor resultam são as que têm 3 planos: um próximo (1º plano), um intermédio (2º plano) e um distante, que serve de fundo (3º plano ou fundo). Vejam lá se adivinham, no exemplo acima, quais são eles...

5. Por fim e para não transformar isto num livro (!), cuidado com a Exposição. As paisagens contêm muitos vezes luzes extremas, muitos escuras e muito claras, convém equilibrar a exposição entre essas luzes. Outra vantagem do início e fim do dia, é que a intensidade da luz é menor, tornando os escuros e claros menos afastados.

Dependendo do que queremos obter, devemos fazer medições pontuais de luz (o que é isto?! Fica para quem perguntar, nos comentários!) nas zonas claras e escuras para decidir o que vamos usar.

Também podemos trabalhar por tentativa e erro, disparando, vendo o resultado (maravilhas do digital!) no LCD e no histograma e corrigindo a exposição de acordo com o que queremos (escurecer ou clarear a imagem).

Estou a pensar fazer um forum, dentro ou fora do blog, onde possamos trocar imagens, mas ainda não consegui tratar disso. Por isso e por enquanto, se tiverem alguma imagem que queiram que eu comente, enviem-ma para gfoto.pt@gmail.com

1 abraço e boas fotos!

Gonçalo