Ultimamente tenho feito alguns casamentos, quer como fotógrafo principal, quer como segundo fotógrafo e tenho ganho um respeito enorme por quem se dedica exclusivamente a esta área.
Uma reportagem de casamento é, possivelmente, o trabalho mais difícil que um fotógrafo pode realizar.
Se não, vejamos:
Tudo se passa a uma velocidade vertiginosa ao longo do dia. Os preparativos em casa, a chegada à igreja, a colocação das alianças, o beijo, a saída da igreja… tudo, até ao lançamento do bouquet!
E do fotógrafo é esperado que acompanhe e registe todos os acontecimentos, mantendo a calma enquanto tudo rodopia à sua volta.
E a responsabilidade?...
Ai dele que tenha a infelicidade de falhar um destes momentos! No mínimo, a noiva vai arranjar um boneco de voodoo com a cara dele e usá-lo como ailfineteiro durante longos e dolorosos anos!…
"… ninguém me chamou…", "… estava a trocar a bateria da máquina…", "… um convidado entornou vinho por cima da lente…", "… tive um acidente a caminho da recepção…"
Não! O fatal destino são os alfinetes e ninguém o vai poder salvar!…
Mas quando tudo corre bem (a maioria das vezes, felizmente), o resultado são imagens que, no seu conjunto, imortalizam de forma artística um dos dias mais importantes da vida destas pessoas.
Cada um tem a sua abordagem e a minha passa por tentar captar as "entrelinhas" além dos momentos óbvios. As cumplicidades, as emoções, os detalhes… de forma a que se possa reviver o dia.
